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Algumas dicas para promover uma mudança nesse sentido:

– Não corrija alguém que falou de forma considerada incorreta, a não ser que você seja professor ou professora dessa pessoa ou que ela te peça essa correção.

– Caso você se encontre em uma das situações acima e precise corrigir a fala de alguém, faça isso de forma educada e deixando claro que está agindo assim para que a pessoa também tenha conhecimento de uma variante de prestígio da língua.

– Não ria de pessoas que falem de forma diferente da considerada correta ou da sua forma de falar. Não incentive piadas desse tipo e não consuma programas, especialmente de comédia, que promovam esse tipo de humilhação.

– Não associe inteligência à forma de falar de alguém. Muitas pessoas que não tiveram oportunidade de estudo formal e usam variedades estigmatizadas possuem mais sabedoria do que muitos pós-doutores. Tente sempre se lembrar de que o que importa é o conteúdo do que está sendo dito, e não a forma.

– Desconstrua em sua mente a ideia de que alguém não merece um cargo específico ou algum tipo de benefício ou mérito apenas por não utilizar uma variante prestigiada. A não ser que o cargo que a pessoa busca exija um domínio das variedades mais cultas da língua para ser exercido (o que não é a realidade da maioria dos empregos), não há motivo algum para associar uma coisa à outra.

 

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Thayane Antunes
Doutoranda em Estudos de Língua na Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Mestre em Letras e graduada em Português/Literaturas pela mesma instituição. Dedica-se à divulgação científica, buscando novas e eficientes maneiras de popularizar a ciência. Seu objetivo é tornar conceitos sociolinguísticos acessíveis à população em geral, contribuindo assim com a luta contra o preconceito linguístico.

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