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Nos últimos anos, temos ouvido falar muito mais sobre o combate a preconceitos antes pouco debatidos no cotidiano da sociedade, como o racismo, a homofobia, o machismo, entre outros. Entretanto, existe um preconceito que quase não é conhecido, muito menos discutido nas mídias e entre a população, muito embora faça parte da nossa rotina e todos já o tenhamos vivenciado, seja como vítimas, seja como propagadores: estamos falando do preconceito linguístico.

Mas o que é preconceito linguístico?

O preconceito linguístico pode ser definido, de forma bastante simplificada, como o preconceito em relação a formas de falar diferentes da nossa. Ele está presente em praticamente todos os momentos da nossa vida, em contextos diversos, mesmo quando não percebemos:

  • Quando rimos de alguém que diz algo como pobrema no lugar de problema.
  • Quando acusamos alguém de não saber falar direito porque não usou o plural e disse os menino ao invés de os meninos.
  • Quando achamos graça em programas de TV que fazem piada com essas e outras palavras e expressões, geralmente atribuindo essas falas a personagens nordestinos, negros e/ou pobres.
  • Quando dizemos que um determinado sotaque é mais bonito que outro.
  • Quando insinuamos que a maneira de falar de alguém do campo é inferior à fala de alguém da cidade.

Todos esses são exemplos de preconceito linguístico.

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Thayane Antunes
Doutoranda em Estudos de Língua na Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Mestre em Letras e graduada em Português/Literaturas pela mesma instituição. Dedica-se à divulgação científica, buscando novas e eficientes maneiras de popularizar a ciência. Seu objetivo é tornar conceitos sociolinguísticos acessíveis à população em geral, contribuindo assim com a luta contra o preconceito linguístico.

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